Conheci pessoalmente Antonio José Medeiros por volta de 1978, quando assisti a uma conferência do Darcy Ribeiro na Universidade Federal do Piauí. Ele sentou-se ao lado do grande Darcy e lhe fez a apresentação. Eu militava no movimento de teatro amador em Teresina e só conhecia a lenda do engajamento político do então professor de Sociologia, que tinha sido preso mais de uma vez, que tinha sido torturado, que vivia vigiado pelo SNI como inimigo do regime militar que matou, torturou e prendeu e arrebentou seus (dele, regime militar...) adversários políticos durante 20 anos. Fiquei encantado com aquela figurinha de óculos, um simples professor universitário que apresentou Darcy Ribeiro como tendo feito a mesma opção política que ele, em favor do povo brasileiro. Um ano depois ele abriu uma livraria ali na esquina da 13 de maio com Areolino de Abreu, em sociedade com o professor Cineas Santos. Deixava ali uma parte do meu salário de funcionário do Banco do Brasil e ainda hoje tenho livros que comprei ali. Ficamos amigos para sempre. Dois anos depois esse cidadão chega em Campo Maior e me encarrega de fundar o diretório municipal do Partido dos Trabalhadores junto com o pessoal do Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Campo Maior. Isso em 1980. De lá pra cá nos cruzamos várias vezes num corredor do Congresso Nacional, num aeroporto ou rodoviária, numa rua da cidade fazendo passeata. A mesma cara, o mesmo afeto, só os cabelos embranqueceram. É este homem que eu me orgulho de dizer que conheci e conheço, que vem amanhã a esta cidade conversar com os companheiros do PT no Iate Clube, a partir de 18:30. Temos a obrigação moral de ir lá e dizer-lhe que votaremos nele em 03 de outubro, para o senado federal.
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