quinta-feira, 30 de julho de 2009

N. Sa. de NAZARÉ É CULTURA


Estarei lá hoje na abertura do Festival e conto tudo o que vai acontecer nos próximos quatro dias.

terça-feira, 28 de julho de 2009

COMO ATIRAR EM SARNEY E TENTAR ACERTAR LULA E DILMA

Gente, vamos parar com essa babaquice de ficar levando a sério a campanha que a direita vem fazendo pra tentar derrubar o “presidente” Sarney... Claro que o alvo disso é Lula e Dilma, principalmente Dilma. Só que não cola, porque Lula e Dilma não são Sarney, entenderam? Perguntas geniais e respostas idiotas: por que Lula insiste em defender Sarney? Por que são aliados, amigos políticos? Mas como é que pode, se Lula não é Sarney? Resposta tão simples de idiota: Lula não é Sarney... Quem não entendeu isso não entendeu nada... O gênio político de Garanhuns quando diz que é preciso levar em conta a biografia de Sarney, ele quer dizer exatamente isso. Eu diria ainda mais, só pra confundir tudo mais ainda: e a biografia de quem acusa Sarney de nepotismo, tráfico de influência, ou otras cositas mas? Isso não tem nada a ver com coisa nenhuma, né mesmo?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

O POVO SE ORGANIZA PARA PARTICIPAR DE FATO

Ao invés de sair atrás de prefeitos e políticos pedindo favores individuais, o povo das periferias da cidade se organiza e promove um I Congresso Municipal das Associações de Moradores de Campo Maior, feito pela União Municipal das Associações de Moradores de Campo Maior (UMAM). O evento foi aberto na sexta feira, dia 24, na sede da AUCAM, com a presença de políticos (vereadores Bibi, professor Ribinha e deputado estadual Paulo Martins), lideranças comunitárias, professores e o povo em geral. Dia 25 ocorreram os debates sobre Segurança Pública, Violência contra a mulher, Escola Comunidade e Habitação. Estive na abertura e durante os debates e entrevistei uma líder comunitária, Chaguinhas, presidente da UMAM, que falou do movimento de associações comunitárias em Campo Maior. CHAGUINHAS não é campomaiorense, nasceu em Castelo do Piauí, mas mora na cidade há dez anos, é estudante, trabalha com vendas, há cinco milita no movimento comunitário local, há dois no movimento estadual e nacional, se motiva com os desafios que enfrenta e acredita que só se unindo em associações o povo consegue o que quer, enquanto coletividade.
ZAN – Quantas associações de moradores existem na cidade que são filiadas à UMAM?
CHAGUINHAS – Bom, filiadas, regulares, nós temos na faixa de doze entidades, mas nós sabemos da existência de vinte e duas associações na cidade, mas a maioria em situação irregular. Estamos aí numa luta de mais de dois anos junto com a FAMEPI (Federação das Associações de Moradores do Estado do Piauí), para regularizar todas essas entidades, para que elas sejam representadas de fato e de direito.
ZAN - Quais são as principais demandas e reivindicações dessas associações?
CHAGUINHAS – As principais demandas e reivindicações são a questão do saneamento básico, a questão da moradia em Campo Maior, que é uma questão ainda muito discutida, e ainda a questão do orçamento público, que ainda não é discutido com a sociedade organizada em Campo Maior.
ZAN – A UMAM recebe algum tipo de apoio institucional, de órgãos dos governos, de ongs?
CHAGUINHAS – Nós temos tido o apoio da FAMEPI e da CONAM, que é a Confederação Nacional de Associações de Moradores, que nos têm dado todo o apoio para a criação de associações de moradores e para a existência da UMAM.
ZAN – Quais foram as principais ações e conquistas realizadas pela entidade que a senhora preside
CHAGUINHAS – Eu diria que já tivemos muitas ações e conquistas, que foram grandes, mas a mais importante foi a da moradia, a questão do Conjunto Renascer que foi uma briga aí que a gente comprou junto com a população, que a gente teve muitos ganhos, e tem outra que é a questão do PPA, Plano Plurianual e a questão do lado social, do Bolsa Família, para que esse benefício seja dado a pessoas que realmente sejam necessitadas, ao contrário do que acontece, quando o Bolsa Família vem sendo dado para pessoas que não têm necessidade.
ZAN – Qual a expectativa da UMAM com relação a este Congresso que vocês estão realizando?
CHAGUINHAS – A melhor possível, porque a gente acha que participando deste tipo de eventos, nós encontramos o jeito certo de discutir e encaminhar nossas reivindicações, para fortalecer nosso movimento a nível local, estadual e nacional.
PROPOSTAS APROVADAS NO I CONGRESSO DA UMAM
1 - Lutar pela criação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
2 - Exigir dos gonvernantes a implementação de programas e projetos voltados para a mulher, nos mais diversos órgãos da administração pública.
3 - Promover cursos de reciclagem para multiplicadores de cada uma das entidades filiadas à UMAM.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

FERNANDO GOMES:”A POLUIÇÃO DO AÇUDE GRANDE É UM PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA


Fernando Gomes é um nome que surgiu e se destacou em pouco tempo, em apenas um ano de mandato como vereador de Parnaíba, pelo Partido dos Trabalhadores (PT), se apresenta como das mais promissores nomes da nova política do Piauí. Formado em Ciências Sociais pela Ufpi, com pós graduação em Gestão Ambiental, funcionário de carreira do Ibama, tem estudos publicados sobre a poluição do Açude Grande, fala disso com toda a franqueza e tranqüilidade, chamando todo mundo à responsabilidade sobre a situação crítica do nosso maior patrimônio natural.
Zan – Vereador eu queria que o senhor falasse sobre o problema da poluição no Açude Grande; o senhor tem um trabalho em focaliza a questão; fala-se que existe um projeto de dois milhões de reais para a despoluição do Açude, mas não se consegue saber mais detalhes sobre esse projeto. Qual a situação da poluição do Açude Grande e o que é que o senhor sabe sobre esse projeto?
Fernando Gomes – Em 2001, acho que ali foi o despertar desse trabalho no sentido de envolver a comunidade para a preservação e conservação do Açude Grande, de Campo Maior. Eu participei de um seminário sobre o avanço das dunas e preservação dos manguezais em Parnaíba e dali eu sai achando que era necessário e urgente que nós fizéssemos aqui um trabalho com vistas à despoluição do Açude Grande. Ao retornar tivemos um contato dentro do Ibama e ali nasceu a idéia de realizar um grande encontro onde toda a comunidade científica, os estudantes e a população em geral se sentasse à mesa para discutir essa realidade e ver o que de fato poderia ser feito. Nós realizamos o I Seminário de Conservação e Preservação do Açude Grande. Foi um evento grandioso, ali tivemos a participação das autoridades, nós conseguimos através do Ibama trazer especialista de várias áreas e envolvendo especialmente a comunidade estudantil, passamos dois dias ali no Iate Clube, local do evento, onde nós discutimos a questão de saneamento básico, a questão da arborização, um plano para o desenvolvimento do turismo local, propostas de educação ambiental, enfim, nós tiramos alguns encaminhamentos e algumas realizações foram feitas a partir desse seminário. Eu diria que hoje os nossos administradores, eles tiveram uma visão de que ali é um patrimônio extremamente importante para o campomaiorense, tanto no que toca na alma quando se fala do açude, e alguns que não têm verdadeiramente o compromisso com a sociedade, começaram a verificar que ali seria um filão. Antes se olhava para o terminal rodoviário de Campo Maior e ali todo administrador deixou a sua marca de tinta, que era uma forma de você fazer uma reforma e dali ter algum resultado financeiro dessa obra. Agora se voltam os olhos para o Açude Grande, muitos administradores já passaram aqui e defendem projetos de despoluição, que se sabe que envolve uma quantidade muito grande de recursos, mas que eu diria que tem uma proposta que precisa ser trabalhada urgentemente e que foi iniciada no início da década de 90 e que não houve uma continuidade e essa aí qualquer gestor público sem que haja uma necessidade de tantos recursos. Eu falo de uma proposta educativa, de envolvimento da sociedade, porque o Açude, ao longo de sua história, que até chegar a esses níveis atuais de poluição, mas boa parte dessa poluição, foi concorrida pela própria população. Nós só temos dois esgotos de águas pluviais que caem para o nosso açude, é um que fica ali na rua Dr. Moura e outro na rua Ovídio Bona e o que ocorre é que várias residências lançaram ligações clandestinas, inclusive de fossas sanitárias. Então, hoje, com certeza, ainda que não se tenha uma análise bacteriológica, os níveis de colifórrmios fecais são altíssimos. Eu recordo de um exame que conseguimos fazer pela aqui Universidade Federal do Piauí, que indicou um elevado índice de colifórmios cem vezes a mais do que o permitido para o contato direto, não seria para o consumo, mas o contato direto, por exemplo, para recreação, o que já valeria a interdição daquele açude até por uma questão de saúde pública. Mas o que eu quero colocar é que uma ação educativa é urgente e precisa ser trabalhada pelos gestores públicos locais para que as pessoas reduzam o volume de dejetos e lixo que é jogado ali. Muita gente ainda tem esse hábito de lavar animais, jogar lixo, lavar carros, então é preciso que se tenha um envolvimento maior e isso não se consegue da noite pro dia. Nós iniciamos esse processo com as escolas em Campo Maior em 91, 92, em 93 fizemos um grande plano de arborização para suas árvores, e lamentavelmente o próprio gestor não compreendeu e ele mesmo destruiu todo o trabalho, um esforço que foi comunitário mas que podemos ainda retomar. Eu apresentei alguns trabalhos em congressos pelo país afora, retratando esta realidade e a perspectiva de que a partir desse problema do Açude Grande nós poderíamos estar fazendo uma discussão maior sobre a problemática ambiental do município. Acho que isso aí foi o ponto maior do nosso trabalho, inclusive, recentemente eu escrevi um artigo, que foi intitulado “Aonde o Açude Grande pode nos levar”, que traz uma reflexão para os problemas ambientais e sociais decorrente dessa falta de gestão ambiental no nosso município.
Zan – Vereador, essas ligações clandestinas feitas nos escoadouros de águas pluviais, das chuvas, para o Açude, poderiam ser detectadas e fechadas?
Fernando Gomes – Verificar é muito fácil. Nós propusemos à época ao Prefeito Marcos Bona, que fizéssemos um trabalho de informação a todas as pessoas residentes nestas duas ruas, que tem esses esgotos de águas pluviais, que fizéssemos então a concretagem da boca desses dois esgotos, porque, claro, isso seria notificado na grande imprensa, passado nas emissoras de rádio, em carro volante de som, informando as pessoas dessas duas ruas que o poder público ia tomar essa decisão, dentro de um prazo determinado, talvez 30 dias, se fosse o suficiente, e que a partir daquela data vencida, a Prefeitura iria concretar a entrada desses dois esgotos, porque aí as pessoas que não tivessem feito o seu desligamento, a sua fossa iria estourar dentro de casa. É uma medida drástica mas não teria outra alternativa, porque simplesmente solicitando o desligamento por certo algumas pessoas não atenderiam, mas é importante dizer que só isso não seria suficiente, é lógico que outro problema sério ainda se tem do outro lado do Açude, que é o Hospital Regional de Campo Maior, que à época ainda lançava de forma muito cruel parte dos seus resíduos, inclusive nós registramos isso com o apoio da TV Rádio Clube, que fizemos um vídeo educativo mostrando essa realidade de poluição do nosso Açude, e que o Hospital de Campo Maior, ele concorria pra que aumentasse cada vez mais o volume uma vez que lixo hospitalar tem uma gravidade maior pelo fato de ser contagioso e infeccioso alguns desses dejetos e que isso estava sendo lançado na lagoa do Araím, que quando chove ainda traz uma parte dessa água para o Açude Grande, então de uma certa forma a lagoa do Araím, ela alimenta ainda o Açude Grande. Então é preciso que a gente busque encontrar quais são esses pontos de contaminação. Uma vez fechado esses pontos se passaria para um etapa seguinte que seria, cortada a entrada desses pontos de contaminação, a gente iria partir para a limpeza dessa área que já está contaminada.
Zan – Vereador, esses projetos de despoluição do Açude Grande, eles levam em conta essas informações que o senhor tem sobre a situação do Açude?
Fernando Gomes – É impressionante como não temos conhecimento desse projeto, já tentamos algumas vezes, porque eu acredito que pelo trabalho que tivemos desenvolvido, nós temos condições de dar uma contribuição, eu busquei já diversas vezes o Secretário de Meio Ambiente, ele diz que nem ele mesmo possui esse projeto, parece que é uma coisa feita a sete chaves e o que se sabe pela cidade é que há o projeto e que isso foi encaminhado ao Ministério do Meio Ambiente, mas ninguém tem acesso, ninguém da Prefeitura, o Vice-Prefeito também já procurei para informar sobre o projeto, infelizmente não temos acesso, e não podemos ser levianos e fazer análise daquilo que não conhecemos. Independente disso, o que pode ser feito sem precisar de muito recursos é um trabalho de conscientização da população para a importância de não se continuar sacrificando essa fonte de recursos naturais e de beleza para a cidade.
Zan – Vereador, haveria a possibilidade de o governo federal ou estadual tomar a iniciativa de alguma ação efetiva no problema da poluição do Açude Grande, independente do que de concreto exista com relação à ação do Poder Municipal neste sentido?
Fernando Gomes – Hoje nós temos uma linha de financiamento para projetos de defesa ambiental em diversos setores, você encontra organismos privados que estão a financiar através de editais e o próprio governo federal, principalmente através do Programa Nacional de Defesa do Meio Ambiente (PNMA), que é um edital que está ligado ao Ministério do Meio Ambiente. O governo estadual por sua vez está estruturando a sua equipe que trabalha na questão ambiental, porque até pouco tempo não tínhamos Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que só agora neste governo do Governador Wellington Dias, é que se reativou, ainda no primeiro mandato, essa Secretaria. Foi criada recentemente uma Superintendência de Meio Ambiente, para coordenar as ações desses processos de defesa ambiental em todo o estado e quanto à perspectiva de se trabalhar aqui na defesa do Açude Grande, eu acredito que é possível se conseguir através do governo do Estado e também da União, emplacar um projeto na defesa do Açude, mas não podemos deixar de lado que sem o envolvimento direto do poder local, toda essa perspectiva terá dificuldade porque quem primeiro precisa se manifestar e correr atrás disso aí e abraçar é sim, a prefeitura municipal, que precisa não só correr atrás dos recursos para despoluir, mas principalmente em se envolver em ações de conscientização da população para que não contribua num processo futuro de volta da poluição, depois que for feita a despoluição do açude. A população precisa ser trabalhada constantemente no sentido da defesa ambiental.

terça-feira, 14 de julho de 2009

CAMPOMAIORENSE DE PIRACURUCA LANÇA REVISTA DE TURISMO

Conheci Dílson Trindade no ano de 1970, quando estivemos lado a lado no antigo jornal “A LUTA”, junto com aquela equipe que ainda bole por aí, uns mais velhos que os outros, uns mais acomodados que os outros: Ernane Napoleão, ZéMiranda Filho, Áurea Paz Portela, Jesus Araújo, Antonio Evandro Araújo, Teresinha Nascimento (quem me dá notícia dessa criatura!), Aurino Silva, ZéBranco e outros. O Dílson continua inquieto e sacudindo mais do que carroceria de carro véi (eu sei como é que se escreve certo, galera, sosseguem...) Empresário bem sucedido no ramo de hotelaria e gastronomia, está fazendo a revista por puro prazer. Encontramo-nos por aí quando cheguei por cá e já me aliciou pra ajudá-lo na empreitada. É piracuruquense de nascimento mas campomaiorense de coração. Quem viu a revista por dentro achou linda demais.O lançamento da revista foi ontem no Beliscão Grill, na Av. N. S. de Fátima e deu todo tipo de mídia. Ah, sim, o nome da revista: PIAUITUR, mensal, o segundo número já está na forma, sai no começo de agosto.

UM CAMPOMAIORENSE QUASE CARIOCA FALECEU NO DIA DO SANTO

Eu o conheci dois dias antes de sua morte, na companhia de meu amigo Luis Gonzaga de Morais. Gonzaguinha era compadre dele. Morava no Rio de Janeiro desde o final dos anos 40. Era filho do lendário Zeba Carneiro, o mais velho deles, do primeiro casamento, irmão do Luis, Maurício, Antonio, uma multidão de sobrinhos. Casado com uma fluminense, viveu como alfaiate esse tempo todo na antiga capital federal. Vinha todo ano ao festejo. Passou mau na missa de manhã, levado para o hospital lá chegou já sem vida. Enfarte fulminante. Comoção geral na cidade. Ontem fez trinta dias da morte do Laurito. O comentário que se fazia na cidade no dia do ocorrido era: se tivesse podido escolher o dia e o local de sua morte, teria morrido feliz e contente na sua terra natal e no meio de seus amigos e parentes. Aos 83 anos de idade. Viveu e combateu o bom combate, como diria São Paulo. O Criador o acolheu em seu seio. Era um homem bom e pacato. Era o que todos os que o conheceram me diziam.

sábado, 11 de julho de 2009

O MEMORIAL FRANCISCO PEREIRA DA SILVA EXISTE, NO PAPEL...

Encontro casualmente na porta do Teatro 4 de Setembro, quinta feira passada, o grande homem de teatro piauiense Tarciso Prado, ator, diretor, produtor, uma espécie de "mãe" do teatro contemporâneo do Piauí, que eu não via há uns cinco anos. Convida-me pra assistir a uma peça do pessoal da Escola de Teatro de Teresina. Conversamos até a hora do espetáculo. Na saída me dá uma cópia da Lei que criou o Memorial Francisco Pereira da Silva em Campo Maior, coisa que eu não sabia, e me encarrega de saber o que existe na cidade sobre isso. Digo-lhe que ouço falar alguma coisa desde que cheguei aqui em janeiro, mas nada de concreto. Fica aí o desafio, quem sabe alguma coisa? A lei é de maio de 2005. Será mais uma dessas coisas que não acontece aqui por causa das disputas políticas?

Antonio Amaral expõe em Portugal


O campomaiorense Antonio Amaral, que já conhecemos de uma entrevista que fiz com ele e está aí embaixo, no fim da página, me mandou o cartaz de sua exposição em Coimbra, Portugal. Reproduzo aí também o convite. Parabéns, Amaral, você é gênio.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Craques de todos os tamanhos e qualidades. Só faltou público...

ZéCosta (ao lado do filho):"Desde '58 não entro neste campo..."


Joãozinho e Nunes

Deputado Antonio Félix doido pra entrar em campo

Pra festa ser mais completa sou faltou gente pra assistir ao jogo. Assisti a toda a preliminar, um jogo entre anões do Pará e garotos do Peti Projovem. Demais. Pra mim o lance mais emocionante foi assistir e fotografar à entrada em campo do grande lateral esquerdo do Caiçara, Zé Costa, aos oitenta e um ano, duro como uma rocha. Flagrei o momento histórico. Do jogo principal só assisti aos primeiros quinze minutos porque tinha que ir pro lançamento do livro da Thais, reportado aí embaixo, quase no mesmo horário. O toque de bola dos véi do Flamengo me deixou com saudade de um bom jogo de bola. Belchior Netto, um dos organizadores do evento até hoje tá sem entender porque não foi quase ninguém ver o jogo. Não deu pra conferir se o Prefeito Joãozinho é bom de bola ou não. (ZAN)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

ERA UMA VEZ UMA MENINA POETA...








...de apenas doze anos, já no seu quarto livro. Sábado passado, 4 de julho, lançou o livro Era uma vez... Os livros anteriores, de poesia e contos, foram Poesias, O anjinho e a alma chorona, Meu Mundo. Os pais (José Cláudio e Maria Gomes), os parentes, os amigos, prestigiaram o lançamento do livro de Thaís Carvalho Gomes de Carvalho, na Unidade Escolar Petrônio Portela, no bairro Cariri. Na mesma hora e local sua avó Raimunda Gomes apresentou seus quadros em exposição que encantou quem viu (confiram na reprodução de algumas telas). De parabéns a família Gomes, Da. Raimunda é mãe do vereador de Parnaíba Fernandes Gomes. Presentes o deputado Paulo Martins, o presidente da ACALE, João Alves Filho, Irmã Natividade, Lucimeire Medeiros, Avelina Rosa, Edilene Mota, Ricardo Reis, direto de Brasília, entre outras figuras do mundo cultural e político campomaiorense. De parabéns todo mundo que viu o despontar de mais esse talento na cidade. (ZAN)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

“E AMIGOS DE VERDADE FICAM PARA SEMRE EM NOSSOS CORAÇÕES...”

Andou por aqui em junho nos festejos um amigo que não via há uns bons trinta e tantos anos. Desses amigos que reencontramos através do blog Bitororocara. Antes de vir trocamos e-mail. Ele me dizia que viria porque queria me reencontrar depois de tantos anos. Trouxe consigo uma foto que eu já nem me lembrava mais que existia, de quando nos encontramos em São Paulo, capital, nos idos dos anos 70. Horácio é o nome dele, irmão do De Paula, velhos companheiros do sofrimento de fazer o saudoso jornal A LUTA, junto com Severo, Carioca, Milanês e quantos outros. Na última vez que nos vimos aqui me deu um texto escrito num papel, do qual transcrevo trechos onde fala de fatos que eu não me lembrava mais, como quando ele começou a trabalhar no jornal como gráfico.
“Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado nosso caminho.
Às vezes por ter me dado um minuto de sua atenção e me ouvido falar de minhas angústias.
E amigos de verdade ficam para sempre em nossos corações, assim como as pegadas na alma são indestrutíveis.
Nesse caminho cruzei com Zan e num momento de impulso lhe abordei na sua bicicleta ali próximo ao Mercado Velho.
Foi um impacto de improviso, pois meu objetivo era lhe pedir uma vaga para trabalhar no Jornal A Luta. Zeferino concordou em conversar comigo no dia seguinte lá na sede do jornal, seria o meu primeiro emprego na cidade. Fui para casa com essa expectativa.
Cheguei ao jornal ali na avenida José Paulino nas primeiras horas da manhã do dia seguinte, logo depois chegou o Zan, cabisbaixo e coçando repetidas vezes os seus primeiros fios de barba branca, dirigiu-se ao canto da sala onde estava uma surrada e velha vassoura de palha de carnaúba que me entregou e disse:’comece por aqui varrendo a sala’... eu não me intimidei e obedeci a sua determinação.
Se naquele dia e momento eu tivesse ouvido um não, talvez fosse a minha maior decepção e frustração, tanto era o meu desejo de ingressar, talvez eu tivesse um dom natural de escrever e ler poesias e me admirava as matérias publicadas no jornal.
Guardo com gratidão e honradez esse gesto de atenção e bondade do Zan, ressaltando que na época do jornal A Luta, trabalhávamos com as ferramentas herdadas de Gutemberg, pois não tínhamos a tecnologia de BillGates.
Tínhamos sim, naquele jornal, muita energia de corpo e alma, coragem, diligência, zelo, ânimo, vigor, esforço individual e comprometeimento com a população local, cuja redação era composta por Totó Ribeiro, Octacílio Eulálio, Zeferino Alves Neto, Ernani Napoleão, Zé Branco, José Miranda Filho, Áurea Paz, Jesus Araújo, Jesus Paz, Teresinha Nascimento e tantos outros. Resumindo: adentrei-me no berço da cultura campomaiorense.
Caro Zan, é muito gratificante quando alguém não fale um Não e te dê uma oportunidade e com o passar dos anos, esse seu gesto de bondade ficou fixado na minha memória e na história do jornal A Luta.
Entendo que cada ser humano tenha o seu sentimento diferenciado e você fez a diferença a meu favor.
Se eu não tivesse ingressado no jornal ou ouvido uma negativa , talvez hoje, não tivesse aqui relatando essa pequena história real de vida e gratidão.
A minha última colaboração e empreitada pelo jornal A Luta, deu-se em janeiro de 1973, quando deixei a rua Cel. Eulálio Filho, antiga casa do Estudante, com profundas saudades e tristezas, dali para frente um futuro incerto e hoje sabido.
Caro Zan, a vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo. Lembre-se, caro Zan, ontem é história, amanhã é mistério e hoje é uma dádiva, por isso se chama PRESENTE”
Horácio,
Junho/2009.”

GRANDE HORÁCIO, VOCÊ ME DEU UMA FACADA NO PEITO, COMPANHEIRO...

Nesta foto que tiramos no Parque da Luz, em São Paulo, por volta de agosto de 1973, em que estamos além de mim e você, os conterrâneos Miguel Ribeiro, Carlos Amaral e Dora Ibiapina, quanta lembrança daqueles tristes anos de sofrimento naquele fim de mundo que era e é São Paulo, eu magérrimo, me recuperando de uma gripe de quase me leva pro túmulo (talvez não tenha morrido porque apareceu lá na quitinete em que dividíamos nossa saudade apareceu o Dora Ibiapina fazendo aqueles bolinhos de farinha com ovo que aos poucos me levantaram as forças pra que os remédios que eu tomava fizessem efeito...) Dora deve ta no céu com aquele seu jeitão tranqüilo e sorriso maroto de amigo e companheiro... Miguel e Carlos estão por aqui por perto. Você continua heroicamente resistindo em São Paulo. Cara, é impossível controlar as lágrimas enquanto digito este texto. Sinal de que ainda estamos vivos e viveremos por mais uns decênios, pelo menos... (ZAN)
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