Desde 1950, quando se elegeu prefeito o jovem advogado Raimundo Nonato Monteiro de Santana, derrotando a oligarquia chefiada por Sigefredo Pacheco, a história política do município não se via diante da mais radical mudança em sua liderança, como agora com a virtual eleição do deputado Paulo Martins na eleição do dia 30 de próximo. Jovens estudantes em torno da Associação Universitária de Campo Maior (AUCAM), de famílias não tradicionais, de classe média baixa, que se formaram em Teresina na Universidade Federal, a sua maioria, indo e voltando de ônibus diariamente. Essa geração conseguiu chegar aonde chegou por esforço próprio, tendo por trás de si um partido que teve como ela, o Partido dos Trabalhadores, uma história de ascensão quase por si próprio. Fundado há 30 anos por um grupo de trabalhadores rurais tendo à frente o líder Luiz Eduvirges e o escriba que vos escreve, esse partido só conseguiu eleger um vereador depois da quarta ou quinta eleição municipal. Os companheiros que ficaram por aqui (eu ganhei a estrada e só voltei de “paraquedas” há dois anos... sem a menor pretensão do que dar uma contribuição mínima que seja na eleição do primeiro prefeito do partido...), essas lideranças, dos quais meia dúzia se tanto ainda se encontram por aí, Luis Edite e ou outro que me escapa o nome, juntaram-se à garotada da AUCAM e transformaram um partidozinho insignificante na potencia de hoje. Raimundo Pereira Filho (economista), César Roberio (professor), Arnaldo Piricó (advogado), Luzia Pereira (Assistente Social), Ida Paz (Professora), Fernando Miranda (vereador), Augusto Pereira Filho (professor), professor Ribinha, o falecido advogado Zico Martins, irmão do deputado Paulo Martins e talvez o grande inspirador a impulsionar a carreira política do irmão, que não tem o perfil do universitário porque muito cedo resolveu entrar no ramo do comércio, tendo formação na área técnica e de negócios, mas sendo levado ao partido por Arnaldo Piricó e Fernando Miranda.
Nos anos 70/80 uma geração de recém formados médicos, advogados, oriundos de famílias de classe média alta, entrou na política mas não ficou e hoje são apenas lembranças do que foram por uma razão muito simples, não tinham por trás de si um partido com uma proposta e uma ideologia de governo, como o Partido dos Trabalhadores. Andaram por vários partidos e se me perguntarem por que partido César Melo se lançou na política eu diria que pode ter sido a Arena ou o PFL, que isso não faz a menor diferença. César Melo, Carbureto Bona, Marco Bona, Maurício Melo, hoje desempenham um papel secundário na cena política campomaiorense, com todo respeito pelo que fizeram ou foram (com os erros e acertos que tiveram...) ,
Na eleição de domingo próximo, o município vira uma página em sua história: uma geração de jovens idealistas, tendo a frente o mais carismático e dotado politicamente deles, o deputado Paulo Martins, um partido que ainda tem o vigor e a disposição para mudar, aliado a outros partidos de esquerda e até do DEM, chegará ao poder e tem a chance de mudar a face do município, que desde os anos 70 vive um processo de decadência econômica, administrativa, moral e política sem precedentes. Que Deus e Santo Antonio ilumine o eleitorado na hora de votar porque chance como essa talvez não apareça nos próximos anos... Os historiadores do futuro, entre os quais me incluo, têm matéria de sobra para contar a história política dessa geração e dos seus acertos e desacertos de antes e d’agora por diante...Que Deus e Santo Antonio os ilumine e guie para que consigam fazer o que o povo sofrido e humilhado de nossa terra espera deles...
Que boa matéria Sr. Zan. Mas o senhor já viu falar num mestre de nome Jesus Cristo? Pois é, pois bote na frente desse moço aí que os religiosos da igreja tradicional chamam de santo e botaram na frente do filho de Deus. Sou serva do filho do Deus único e também estou de plano em votar no moço Paulo Martins que voçê muito bem discorreu sobre ele. Quer dizer, já fiquei meio confusa com tamanha esclusão. Vão se acostumando também com mais essa nova realidade na vida do campomaiorense. E só pra esclarecer que na minha família já somos 11 ex católicos e a quem temos orados muito mais ainda pelos seres humanos filhos do Todo Poderosos que os católicos são. Estou na espectativa de mais essa novidade do seu novo blog.
ResponderExcluirEsse cidadão aí, Ana Cleide, é que me dá sustento e ânimo quando me abato e quero desistir da crença de que o mundo não é dos mais espertos ou malandros como se vê por aí... Não tenho religião por questão de princípios, mas acredito piamente em Deus e Jesus Cristo e todos os santos que, independente de se acreditar ou reverenciá-los, foram cristãos praticantes e pra mim, exemplos a serem seguidos por nós outros, sejamos católicos ou não...
ResponderExcluirDe certa forma do Zan tem razão em certos pontos de seu comentario.
ResponderExcluirMas querer antecipar resultado da eleição é muito preciptado, ainda não fomos às urnas, dia 30 está no futuro e não no passado. Apesar de minha torcida seja pra que o resultado não prevaleça para a candidata do ex-prefeito que no primeiro governo fez uma boa administração, mas no segundo , deixou bastante a desejar, deixando o municipio prejudicado, devendo e endinheirando apaniguados e os seus advogados na ansia de permanecer no governo. Porisso no dia 30 deste, não votarei na sua ex desafeta, ex inimiga número um. Não estou aqui a declarar meu insignificante voto, estou na realidade analisando os fatos para no momento crucial, escolher como voterei.
E na minha modesta opinião, Campo Maior teve poucos bons prefeitos, desde que me entendo da pra se contar estes bons prefeitos nos dedos da mão do Lula. kkkk
Acho que o prefeito que mais fez por nossa terra, foi o Prof. Raimundinho Andrade, este sim, administrador organizado, criterioso, probo, e que realizou obras de grande porte para o tamanho do municipio aquela época. Outros excelentes prefeitos foram, na minha opinião, o Dr. Dacio Bona e o Ten Jaime da Paz. Todos serios, honestos e que muito fizeram por nossa querida Campo Maior. Os outros ou foram um desastre ou mais ou menos.
Claudio
Teresina
Zan acredito que seu amigo Netto do Bitorocara tem um livro muito bem feito por um Pernambucano que se interessou mais por Campo Maior do que essa curriola de catedráticos de academias recente todinha aí. Neste livro tem pesquisas fantásticas e levantamento das administrações deste caras todos que são endeuzados nas famílias tradicionais e de outros que nuncam são citados. Pede para o Netto o livro e aí tu vai ter uma surpresa de quem fez mais. O professor Raimundinho ainda escapa porque está lá as obras que ele fez mesmo.Foi uma administração marcante. O resto é tudo conversa pra bode dormir das tradicionais famílis do século passado e de um país que o grande Lula tirou a mascara e deletou. Como se diz no linguajar dos internautas.
ResponderExcluirE o blog novo?
Anônimo, a pesquisa que o juiz eleitoral suspendeu a publicação demonstra claramento o que a gente ouve na rua, com o povo... Assunção, li esse livro tem uns vinte anos, mas também acho que foi a melhor coisa que já se escreveu sobre a história de Campo Maior... talvez por isso ninguém se interessa por reeditá-lo. Na cidade as pessoas que têm o livro não deixam nem a gente manuseiar... Vou pedir ao Netto para ele quando vier aqui trazê-lo pra gente fotocopiar...
ResponderExcluirCaro Zan,
ResponderExcluirQuando estiver com este livro em mãos, favor disponobiliza-lo para que outras pessoas, assim como eu, tenha o prazer de ler e transferir para algumas pessoas o passado de nossa grandiosa cidade.