sábado, 8 de janeiro de 2011

ELEIÇÃO: O RISCO DE QUERER GANHAR A QUALQUER PREÇO


Eleição é como qualquer jogo, não se entra nele para perder. Ganhar é a meta. O problema é quando se quer ganhar a qualquer preço. O Partido dos Trabalhadores já vai para a terceira experiência de lidar com o poder a nível nacional e em alguns estados e municípios. A experiência com o poder não é um experiência fácil, porque depois de um tempo no poder, nem sempre se tem o escrúpulo de se usar o próprio poder para se continuar no poder.   É o óbvio. Aqui em Campo Maior o PT tem uma história recente de quase chegar ao poder municipal nas últimas eleições. Uma  geração de jovens que se iniciaram na vida pública através de entidade estudantil como a AUCAM, está a beira de mostrar do que é capaz ou não. Alguns tiveram a experiência de ocupar cargos na esfera administrativa estadual, outros exercerem mandatos eletivos, outros em gabinetes de deputado, secretarias municipais, enfim, experiência de poder. O que cada um desses cidadãos fez  dessa experiência nem sempre é do conhecimento público, mas o que é certo é que, ou bem o mau, tiveram essa experiência e isso marcou suas vidas públicas e pessoais. No entusiasmo das pessoas aqui com a candidatura do deputado Paulo Martins, eu fico olhando para a cara das pessoas ao redor dele e matutando: quantas dessas pessoas estão ávidas do poder pelo poder, do poder para poder se beneficiar de suas benesses, essas coisinhas, enfim, que por aqui, atrai as pessoas para a política e principalmente, para os políticos, um empreguinho  aqui, um favorzinho prum parente ali, etc... Ao longo da vida conheci muito tipo de socialista; dois desses tipos  me chamaram a atenção pelas características de serem ou socialistas da boca pra fora ou socialistas do bolso pra dentro... Meus quase trinta anos de Brasília me fizeram conhecer esses tipos com alguma intimidade até...  O meu ceticismo com esse tipo de gente, porém,  não me atrapalha ao ponto de não acreditar que se possa usar a política, sim, para melhorar a vida de todo mundo... Mas sem esquecer nunca que não posso esquecer os compromissos éticos, principalmente, sem esquecer o pensamento de um filósofo nem sempre bem compreendido:”Do jeito que se chega ao poder, se exerce o poder...” (Nicolau Maquiavel). Fui claro ou tá difícil de entender?   

5 comentários:

  1. Zan, a essta altura do campeonato tu acha que alguém aí vai se preocupar, de um lado ou do outro, com esse tipo de idéia...?

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  2. Marcelo, coincidência ou não, mal acabei de digitar e postar o texto acima e chegando numa padaria aqui da redondeza, estava lá o deputado Paulo Martins e aliados e assessores. Entrei, cumprimentei todo mundo e tentei ser atendido sem sucesso porque a padaria tava muito cheia de gente. Saí meio constrangido porque não privo da intimidade do deputado (não estou me queixando disso, pelo contrário...) e fiquei com receio de acharem eu estar por ali "oportunísticamente" querendo cacifar a atenção ou um cafezinho por conta da amizade ou conhecimento... Tenho pavor (tudo bem, pânico...) de me relacionar com quem tem ou acha que tem poder... porque quase sempre assumo, no meu relacionamento cotidiano com as pessoas, "personas" adequadas ao momento ou situação... menos com quem tem poder... porque aí me dá um branco e eu travo minha capacidade de "representar" (na verdade represento quase o tempo inteiro, principalmente quando trato as pessoas por "querido(a)")...

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  3. No afã de querer expor o adversário em suas mazelas administrativas ou pessoais, nem sempre se dá ao trabalho de separar o joio do trigo quando se trata de querer ganhar o jogo, na guerra da informação. Aí vale tudo. Joseph Goebels, ministro da propaganda nazista, dizia que uma mentira repetida diariamente, uma semana depois vira verdade. Claro que não precisa nem saber quem foi a figura. Lendo os portais adversários, faço isso diariamente, por obrigação, fico estarrecido como é que se trata a realidade dos fatos com tanta desafaçatez. Leio o portal do nosso lado e fico preocupado com a despreocupação que noto ali em se checar as informações que são postadas. Tem postagem ali mau fundamentada. Isso é perigoso porque nós não podemos faltar com a verdade da mesma forma que nossos adversários mentem descaradamente...

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  4. A frase de Maquavel vale para nós comunicadores, porque se nós chegarmos ao poder mentindo, vamos exercer esse poder mentindo... Ou não?

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  5. A propósito da magnífica ilustraçao do meu amigo/irmão Netto, diria que esclarecendo porque acho que Maquiavel não é muito bem compreendido até hoje, é porque no que ele descreve o seu príncipe, em pleno século XVI, "os príncipes" de hoje presenteiam seus adversários com o inadequado adjetivo derivado do seu nome (maquiavélico...), como se eles não fossem ou fossem menos... Maquiavel como muito pensadores de hoje, vivia às custas de algum príncipe que ele descrevia e o próprio não se tocava que era dele príncipe... Como todo pensador Maquiavel se "esquecia" de ganhar dinheiro para sobreviver, ou como dizia um chegado meu sobre a diferença entre um empresário e um pensador me sussura ao ouvido:"enquanto um tem na máxima descartiana seu lema ("Penso, logo existo"), o empresário, que se preocupa em ganhar dinheiro para sustentar seus vagabudos pensadores, entre outras coisas, tem como lema:"Penso, logo, desisto..." Rs rs rs kkkkk ou quááááááá´!!!

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