O encontro teve como objetivo pressionar o Congresso Nacional para que haja a regulamentação da emenda constitucion
O governador Wilson Martins (PSB), que durante a campanha eleitoral no Estado defendeu uma fonte de financiamento da Saúde, esteve ontem em Brasília com os governadores eleitos do PSB, onde conseguiu o apoio para levar o tema à discussão com a presidente eleita, Dilma Roussef (PT). Com a presença dos governadores do Ceará, Pernambuco, Bahia e Espírito Santo, o encontro teve como objetivo pressionar o Congresso Nacional para que haja a regulamentação da emenda constitucional nº 29, que estabelece a contribuição de 0,01% das movimentações financeiras para destinação à Saúde.
Em coletiva de imprensa na última quarta-feira, Dilma afirmou que, até agora, não pretende recriar a extinta CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), mas admitiu que irá debater com o tributo de financiamento na Saúde com os governadores. Os gestores avaliaram que o grande problema enfrentado atualmente em todo o país, inclusive aqueles com maior fonte de recursos, é a necessidade de um maior investimento na área, que poderá ser feito através de arrecadação de recursos tributários, antes conseguidos com a CPMF.
Para Wilson, a extinção da destinação deste tributo é avaliada como um erro. “Precisamos encarar o debate de forma racional. Quem perdeu com a extinção dessa arrecadação foi o povo, aqueles mais humildes que necessitam de uma saúde pública de qualidade”, destacou o governador. Com o fim da CPMF, em 2007, a área da Saúde perdeu cerca de R$ 40 bilhões por ano.
Os governadores socialistas também avaliaram positivamente o desempenho do partido no pleito deste ano. A sigla conseguiu eleger o segundo maior número de governadores, sendo seis no total, e elegeu uma bancada de 35 deputados federais e três novos senadores. Para Martins, o resultado eleitoral é traduzido em força para a atuação conjunta dos governadores na defesa de mecanismos de financiamento para a Saúde. O PSB pleiteia indicações para os ministérios das Cidades e Integração Nacional e deseja manter controle sobre o ministério dos Portos e de Ciência e Tecnologia.
O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que o partido não irá “constranger” a presidente eleita com indicações e exigências. “Temos confiança nela. Quando ela achar o tempo devido, vai chamar o PSB e dizer onde quer que a gente participe", pontuou. (S.B.)
Fonte: Sávia Barreto/Meio NorteEsta matéria tenta esclarecer a nota do portal CMN 40 Graus sobre o assunto
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