Há uma certa dificuldade de se entender coisas que fogem à compreensão, da parte de quem faz política comprando o que pode ser comprado. O grupo político do ex-prefeito João Félix tem por hábito comprar o que pode ser comprado para atingir os objetivos que quer conseguir. Chegou onde chegou e perdeu o rumo da história. E não consegue enxergar que se possa fazer política que não seja desse jeito. Quando há uma reviravolta política como a que houve na cidade, trombeteiam que os vereadores que se rebelaram, que mudaram de lado, o fizeram por dinheiro. Não é difícil explicar. O ser humano tem uma tendência natural pra ver os outros pela ótica daquilo que é ou faz. Aí o nível dos debates baixa de tal maneira que é difícil imaginar que o irracional não seja o padrão do que pode vir aí pela frente, numa verdadeira guerra que se prenuncia, na forma de uma eleição. As acusações são as mais baixas possíveis. Eu não ouvi o programa de rádio em que se expôs a vida pessoal de vereadores, onde cenas de total descontrole emocional foram a tônica. Mas enfim, é a realidade da cultura política local, onde existe uma espécie de confronto de vida ou morte pelo poder. A temperatura vai subir aos píncaros e quem vai perder é o povo que inocentemente vai se posicionar como bucha de canhão para uma guerra em que ele tem tudo para perder. O poder local pode pender para o lado da esquerda na forma de partidos e políticos jovens e comprometidos com idéias de mudanças de rumos e costumes políticos, através do voto livre e esclarecido do eleitorado. Não se pode fazer política eternamente comprometido com interesses pessoais ou de grupos familiares. Isso não tem mais espaço na vida política da modernidade. Compra de voto é coisa do passado e não pode se perpetuar. Quem não se tocar dança. É só esperar pra ver...
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