A esquerda local, esquerda local que eu chamo são os partidos PT e PSB e outros menores, seus aliados tradicionais, teve um tempo razoável para costurar uma aliança que tinha tudo para se lançar à disputa com enorme chances de ganhar a eleição suplementar para prefeito que acontecerá na cidade em 30 de janeiro, e não conseguiu fazer isso e hoje amarga duas frustrações: fortaleceu seu principal adversário, o grupo do ex-prefeito João Félix e viu a distância entre seus partidos aumentar e se tornar algo constrangedor, pelo menos a nível estadual. A forma como a Dra. Liége conseguiu desmontar o diretório municipal de seu partido demonstrou por outro lado o descompromisso dela e de seu partido com uma aliança que poderia render melhores frutos do que a satisfação de ambições pessoais. Isso sem falar no comportamento apático das outras lideranças locais do PSB, que não esboçaram a menor reação à manobra da Dra. Liége, porque estavam mais preocupadas em assegurar os cargos que já têm ou lhe são prometidos no governo estadual. As jovens e promissoras lideranças petistas local se empolgaram com o resultado da reviravolta que aconteceu na Câmara e subestimaram a capacidade de seus adversários em fazer algo parecido e com conseqüências mais complicadas para si e seu partido. Isso sem falar na própria dificuldade em montar uma chapa, reflexo já, talvez, do próprio desfecho acontecido. O ex-vice-prefeito ZéChico Oliveira, segundo apurei, passou a fazer exigências absurdas para aceitar compor a chapa... É como dizia o velho Ulisses Guimarães e eu tenho repetido aqui antipaticamente:”Pra fazer política, meus filhos, tem que olhar pro céu...” Dra. Liége Cavalcanti explicou seu gesto alegando que não foi procurada pelos petistas, por ninguém do PT; os petistas disseram que houve sim, de sua parte, vontade de conversar... Pelo visto, alguém está mentindo ou faltando com a verdade... O que é lamentável...
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