O JORNALISMO DE VERSÕES, OS FATOS E OS DITOS PELOS NÃO DITOS

A comunicação piauiense, incluída aí a campomaiorense, claro, via rádio, televisão, blogs, sites, jornais, vive quase que exclusivamente de versões e de opiniões travestidas de fatos, com a clara intenção de se posicionar ante os fatos, com o indisfarçado objetivo de beneficiar a imagem de uns e denegrir a de outros. Conversei esses dias aqui com duas pessoas ligadas à administração do prefeito João Félix, que me deram uma versão diferente da versão dada pela mídia (eu, inclusive, aqui no blog...) que noticiou o apagão dos prédios da prefeitura na cidade e do atraso dos professores da rede municipal. Gravei a segunda entrevista e quanto mais ouço a gravação (não vem ao caso dizer quem foram as pessoas com quem conversei, porque mais importante do que quem falou é o que falaram...) mais me convenço disso: as versões têm o vício de origem de serem versões favoráveis à prefeitura por explicarem que o corte da energia nos prédios da administração municipal foram decorrentes da dificuldade de entendimento entre a Eletronorte e a Prefeitura com relação a dívidas herdadas de administrações passadas e que o atraso dos salários dos professores era decorrente da diminuição dos repasses do FPM para a educação . E aí, como fica o compromisso de fazer no blog uma comunicação que não brigue com os fatos? Simples como quebrar um ovo e mantê-lo de pé (sujando a mesa, não tem como...) Deixar tudo em aberto e não encerrar a questão veiculando uma versão só... Fiz uma entrevista recente com o vereador Ribinha, do PT local, ele que o ano passado fez um projeto de lei para criar mais transparências nas contas públicas municipais, projeto que não foi aprovado por ter apenas três votos a favor e toda a bancada do prefeito ter votado contra, exatamente a partir do extrato publicado pelo portal Transparência Brasil, dos repasses do governo federal para a prefeitura de Campo Maior, incluindo aí o FPM. Estou degravando a entrevista e a publicarei na íntegra esta semana. As pessoas ligadas à Prefeitura com quem conversei esses dias, se quiserem, poderão usar o espaço para comentários, para argumentarem a favor de suas versões.