sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

E O MEMORIAL NÃO SAI DO PAPEL...


E O MEMORIAL NÃO SAI DO PAPEL...

Recebo um e-mail de um cidadão que se denomina Siro Siris, que eu conheci recentemente em Teresina e que me diz o que já tinha me dito pessoalmente: foi nomeado para o Conselho do Memorial na condição de presidente da Federação de Teatro Amador do Piauí (FETAPI), tendo como suplente nosso amigo José Nazareno. Em duas oportunidade tentei conversar e obter informações sobre o Memorial: uma com o governador Wellington Dias, quanto ele veio inaugurar obras na região de Boqueirão, semanas atrás, e com o Secretário de Educação e Cultura, Antonio José Medeiros, quando da recente passeata dos militantes do PT na cidade em comemoração aos 30 anos de fundação do Partido. A impressão que eu tenho depois desses contatos, falando francamente, é de que a construção do Memorial não é prioridade de governo ou diria até mesmo que não há um interesse maior nem do Governador, nem do Secretário e muito menos da FUNDAC, em tirar a coisa do papel. Lembram daquele personagem do Jô Soares, nos anos 80? Pois é: TÁ TODO MUNDO ENROLANDO...

7 comentários:

  1. Oi amigo ZAN, estive com o Túlio e ele mandou um grande abraço pra vc, quase que ele não me libera pra ir ao encontro dos Bitoroqueiros nos festejos de junho e com muito custo ele me liberou pra passar 20 dias aqui em NY, menino, como diz o cearense, pense num frio, é pouco diante do frio que está fazendo aqui. Peguei uma nevasca que achei que fosse congelar os ossos, apesar do desconforto, é muito linda a neve, lembrei daquela foto montagem que o Netto fez de Campo Maior com muito gelo e fiquei imaginando como seria essa neve em Campo Maior. Depois mando uma fotos pra vc.
    Estou aqui com uma amiga mineira, agora pensa, uma piauiense e uma mineira em Nova York sem saberem falar inglês, é muito divertido, rimos o tempo todo da nossa "comunicação" com os gringos, mas estamos nos saindo bem, pra quem não sabe falar inglês.
    Um abraço,
    Lúcia Araújo.

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  2. Este memorial não vai render votos, vai ficando pra depois até deixarem para lá. Que o Chico Pereira continue vivo em nossos corações.

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  3. Pois é, Lúcia e Simão... e nós aqui com um calor arretado desses, Lúcia... A questão do Memorial, Simão, passaria por uma mobilização da cidade e isso é outra coisa que não acontece fácil... Em época de eleição, político pensar em cultura é meio querer demais, concordo com vc., mas não seria pedir demais a pessoas como o Antonio José Medeiros, um cara que eu conheci há quantos anos numa palestra do Darcy Ribeiro, anos 70, professor universitário, dono de livraria, eu fico até sem graça de criticar pessoas assim, que a nível pessoal toda vida me tratou com extrema atenção, mas hoje a sensibilidade dele passa por instâncias distantes talvez de coisas como um memorial de um dramaturgo... Pra ser mais justo com ele, eu diria que a parte mais criticada do governo do PT aqui no Piauí é a da cultura... só que ele é o secretário de educação e cultura... né mesmo? Lamentável, mas na entrevista que tentei fazer com ele, confundiu Chico Pereira com um dançarino de Oeiras... Não é fácil...

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  4. Zan, um aperitivo ao cardápio principal (cultura)do interesse dos dirigentes políticos e empresarial do Piauí: o diretor e dramaturgo do Caburé, vai fazer seleção do elenco da peça numa Loja Maçônica? O teatro está em obras? Obra hercúlea (os trabalhos de Hércules!!!) vai ser explicar, também, o que é um Memorial e como deve ser feito. A politicalha chega a nível tal, que já se promete fazer linha de metrô (que metrô?) ligando Teresina a Campo Maior, em 60 dias!!! Se chamam aquele trem de Teresina, de "metrô", pois nem aquilo, conseguirá ser construido neste espaço de tempo. A não ser que tudo, novamente, não passe de galhofa, de molecagem, de chacota com o povo, que pelo jeito, não reage, porque está empanturrado de cachaça e forró de graça. Pra que melhor?
    A malandragem, a hipocrisia e a ignorância não têm partido político determinado. Não falarei em ideologia, porque aí já seria demais e, também, fugiria do foco das questões.
    Bonito e triste carnaubal.

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  5. Se o Coronel Ludugero fosse vivo diria:" É a ignorância que astravanca o progresso, Eutrópio". Viva a ignorância que ajuda a perpetuar este estado de coisas que ainda acontecem... é lamentável. Enquanto isso, o Caburé, quase agonizante, num esforço hercúleo tenta alçar vôo numa fuga desesperada desta triste realidade.

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  6. Tudo aqui, meus caros, tem que ser feito dentro das limitações que são imensas porque as pessoas não acreditam em nada que não tenha algum tipo de mutreta onde alguém vai meter a mão em algum dinheiro público e distribuir as migalhas que se costuma distribuir para ter o povão como cúmplice... No inconsciente das pessoas há essa idéia que foi se impregnando ao longo do tempo. Ninguém acedita em ninguém aqui. Chamar as pessoas para participarem de um processo seletivo em que elas não sabem muito bem o que vão ganhar ou ter vantagem imediata com isso, é o primeiro obstáculo. Se elas não virem nenhum indício de que vão levar algum tipo de "vantagem", tipo uma bolsa, por exemplo, elas simplesmente não aparecem. Depois de um ano aqui eu já tenho que imaginar maneiras de criar algum tipo de interesse que não seja, por exemplo, de participar de uma montagem de uma peça, aprender a fazer teatro, fazer parte de um grupo de teatro, porque só isso não é suficiente para atrair as pessoas. No caso específico dessa peça que eu vou montar aqui, eu vou chamar as pessoas que já fizeram teatro aqui em outra época e selecionar no máximo vinte pessoas para formar um grupo de 35 pessoas para ter um elenco titular meio elenco de reserva, acenando com a possibilidade de elas participarem de oficinas de cinema e participarem de filmes que a gente vai produzir aqui com os recursos do Ponto de Cultural que vai funcionar na Fundação Ludetana Araújo. O espaço que a gente vai ocupar da Moçanaria, é provisório, até que as instalações dum espaço que estão sendo construida na Fundação, estejam prontas, o que pode acontecer em um mês. Aqui, você ter recursos para fazer arte é apenas uma possibilidade, porque vai se lutar com todo tipo de desinteresse ou descrença de fazer algo que não seja "só pra ser feita", porque aqui se faz coisa dessa forma, sem nenhum tipo de preocupação com a qualidade do que se faz... As coisas aqui estão quase todas nesse estágio, do faça mal feito mas faça... Se vai se tentar fazer alguma coisa de qualidade corre-se o risco de ser mal compreendido, "desconhecer a realidade local" (essa é a desculpa mais marota pra se institucionalizar o atraso de quase tudo que se faz aqui) e com isso ser desacreditado por quem pode decidir por apoiar ou não ações menos desambiciosas ou honestas... Pensar em usaar as instalações do teatro Sigefredo Pacheco é suicídio, porque a prefeitura não consegue por uma pessoa encarregada de abrir e fechar o teatro para se utilizá-lo para ensaios de uma peça de teatro. Fiz duas tentativas o ano passado nesse sentido e não consegui isso.

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  7. Voltar pra o Piauí, meu compaheiros que estão distante, é um exercício de paciência e fé, porque um partido político como o PT, que é provavelmente (eu acho isso sem nenhum favor) o melhor partido que já se teve na história política do BRasil, se arrisca a virar chacota quando um seu deputado diz uma loucura dessa. Aí, não dá pra aguentar, até eu,no meu programa radifônico de baixíssima audiência ainda, perguntei se o mêtrô ia chegar aqui de helicóptéro, ônibus ou lombo de jegue... não dá pra segurar a vontade de gozar, sinceramente...

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