A frase é do poetinha Vinicius de Morais, que teve alguns filhos... Tive quatro filhos; desses quatro, descobri recentemente, um deles é meio poeta e pensador, além de tradutor literário e de legendas de filmes. Trata-se do meu filho mais velho, hoje com trinta anos. Desculpem-me se volta e meia posto alguma coisa aqui falando nesses filhos que moram em Brasília e de quem eu sinto muita saudades. É um jeito de exorcizar esse sentimento que às vezes maltrata. Esse menino, Daniel Martins Alves, tem um blog cujo endereço é www.compartilhas.blogspot.com. Lá tem coisas que me deu até arrepios. Daniel e eu temos uma relação volta e meia marcada por pequenos desentendimentos, que a gente normalmente administra sem grandes traumas. Um irmão mais novo me disse que a minha semelhança de caráter com ele é muito grande, mais talvez do que a física. Talvez seja por isso, a natureza humana é muito complexa, às vezes é difícil entender a verdadeira razão de nossas afeições e desafeições, principalmente com as pessoas mais próximas. Mas os seus textos traem um jeito de ver a vida muito parecido com o meu. Ele tem a mesma queda para tentar refletir e pensar sobre o que vê e vive. Compartilho com vocês alguma coisa que pesquei no blog do garoto...
UMA VIDA QUE SE IMPORTA
Não sei bem por onde começar. Não sei por que, mas o que antes importava, hoje já não faz tanta falta.
Não é niilismo nem falta de sentido, é apenas um tudo que sobra e já não me preenche.
Uma vida trazida lá de fora, que já não mais me toca. Embora eu insista em estender o braço e pedir sempre mais... e continuar a receber farta esmola.
Não sei se a vida tem regras, mas sei que há leis dentro e fora dela.
Ah, se eu tivesse uma régua grande o bastante para tomar medida das minhas ações...
Sei que tudo parece muito rígido e sólido, mas as consequencias são tão fluidas e insólitas que ás vezes são como as notas de uma canção, se estendendo a longas distâncias e, por onde passam, tem-se a impressão de estarem em toda parte.
Uma vida que vem lá de fora.
Uma vida que se importa lá de fora do sentir.
Uma vida que nem sempre importa
Não é niilismo nem falta de sentido, é apenas um tudo que sobra e já não me preenche.
Uma vida trazida lá de fora, que já não mais me toca. Embora eu insista em estender o braço e pedir sempre mais... e continuar a receber farta esmola.
Não sei se a vida tem regras, mas sei que há leis dentro e fora dela.
Ah, se eu tivesse uma régua grande o bastante para tomar medida das minhas ações...
Sei que tudo parece muito rígido e sólido, mas as consequencias são tão fluidas e insólitas que ás vezes são como as notas de uma canção, se estendendo a longas distâncias e, por onde passam, tem-se a impressão de estarem em toda parte.
Uma vida que vem lá de fora.
Uma vida que se importa lá de fora do sentir.
Uma vida que nem sempre importa
Oi Pai, é o seu filho Daniel.
ResponderExcluirQue bom que leu o meu blog, espero que não tenha se assustado com o texto, mas pode ficar tranquilo que esse desespero é meramente literário, e é apenas uma crítica ao vazio com que se vive hoje em dia. Vazio esse que muitos procuram preencher apenas com coisas: "uma vida trazida lá de fora...".
E tem outras coisas também no meu blog, não me atrevo a falar da qualidade, porque isso é subjetivo, mas o que posso dizer que há outras coisas também, há coisas alegres, poéticas, sacanas, tristes, etc.
Obrigado por comentar. A gente se fala pai!
Ainda bem que vc. entendeu o espírito da idéia... Até o fim do ano a gente se vê aí pessoalmente...
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