quinta-feira, 29 de abril de 2010
A CULTURA CAMPOMAIORENSE, A ACALE E A VAGA DO POETA JOSÉ CUNHA NETO...
Desde que voltei para Campo Maior há um ano atrás tenho sido recebido com o afeto e entusiasmo da Academia Campomaiorense de Letras e Artes (ACALE), na pessoa de seu presidente, meu amigo João Alves Filho e de outros acadêmicos como o poeta Cardosinho, Moacir Ximenes, o maestro Corinto Brasil, o professor Jose Wagner, o doutor Domingos José e de todos os outros acadêmicos que não nomino aqui para não cometer algum esquecimento. A Acale tem estado no noticiário de jornais e sites e blogs por acontecimentos como a doação da sede na Praça Bona Primo e abertura do edital para a escolha do novo membro de seus quadros, decorrente do falecimento do grande poeta José Cunha Neto. O edital com essa finalidade será divulgado no dia de hoje, quando realizará em sua sede uma série de homenagens a alguns de seus membros.
O edital é um rito estatutário, onde as pessoas interessadas em se tornarem imortais, se manifestam e concorrem em eleição entre os membros da academia. Já conversei com o João Alves sobre essa eleição e manifestei até o desejo de concorrer a ela. João Alves me disse entre outras coisas, que já convidou pessoas como Ana Maria de Oliveira Cunha, escritora e professora residente em Teresina, filha do poeta José Cunha Neto, para manifestarem seu interesse em fazê-lo. Eu tenho minhas dúvidas se farei isso, por razões como achar que eleger minha amiga Ana Cunha para ocupar a vaga de seu pai é uma forma muito boa de homenageá-lo e à sua família, ou por me achar mesmo sem o perfil para ocupar vaga numa academia, coisa de gente mais séria e sisuda do que eu...Sei também do interesse do professor Celso Chaves, escritor e jornalista com coluna no jornal Destak. Deve haver outros interessados que eu não conheço ou não sei. O que é certo é que a ACALE vive um momento muito bom, sua sede já está sendo equipada com tudo o que é preciso para merecer o título de Casa da Cultura de Campo Maior e foi enviado para Brasília o projeto de construção de um auditório.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
CULTO AO BODE ENQUANTO O MEMORIAL NÃO VEM...
No local que seria o mais adequado para o erguimento do Memorial Francisco Pereira da Silva, por todo o significado para o homenageado, na fazenda Rocío, que algumas pessoas aqui chamam de Rócio por desconhecimento, ou seja na fazenda onde fica a casa em que nasceu o grande dramaturgo campomaiorense Francisco Pereira da Silva, sede da Associação de Cridores de Caprinos e Ovinos da cidade, começa na quarta 28, um evento com jocoso nome de Bode Maior... Vai ter desfiles de bodes e "cabritas", por cabritas aí se entendendo outra espécie de duas patas, variante da original que só os entendidos (tenho um amigo farmacêutico aqui nas horas vagas que é o maior "cabritologista" da cidade...) sabem do que se trata...
sábado, 24 de abril de 2010
CIRO, O GRANDE MISTIFICADOR...
Vi um pedaço da entrevista do deputado federal indgora (5 pras oito de 23/04) no SBT (não vi toda porque tava na hora de sair prum compromisso profissional). Um show de prestidigitação, uma aula de mistificação, no melhor estilo que já ta ficando manjado, um sorrizinho maroto mau disfarçado significando mais ou menos “tou enganando vocês, bando de trouxa...” Ciro se leva a sério e não vê que está nu diante do respeitável público que lhe enxerga até os escondidos pelos pubianos situados entre o saco escrotal e a cavidade anal (me perdoem o escatológico detalhismo...) Resumo da ópera:”sou mas não sou, disse mas não disse, fui mas não fui, quero mas não quero, acato a decisão partidária mas não acato, respeito mas não respeito a ingerência do PT e do presidente Lula no meu partido...”; vai ser cara de pau assim lá não sei onde, sujeito... Tudo pra convencer o respeitável público de que tem mais chance de ser o melhor candidato do governo à presidência da República, só isso...
terça-feira, 20 de abril de 2010
EU E BRASILIA, UM CASO DE AMOR E DESAMOR À DISTANCIA...
“Espero que Brasília seja uma cidade de homens felizes: homens que sintam a vida em toda sua plenitude, em toda sua fragilidade; homens que compreendam o valor das coisas simples e puras dum gesto, uma palavra de afeto e solidariedade.”
(Oscar Niemayer)
Cheguei por lá a primeira vez em agosto de 1971, depois de seis meses em Manaus, sarando dum susto decorrente da reação irada a um texto meu escrito no jornal A Luta, em dezembro de 1970. Saí daqui com o coração pequeno por uma decepção amorosa, uma dentre as tantas que colecionei ao longo da vida. Era a segunda vez que saia pelo mundo aí de fora das fronteiras desse planetinha Piauí, que repele e atrai a gente pra si ao longo da vida. Cheguei num fim de tarde e fui pra casa de uns parentes em Taguatinga. Dia seguinte procurei o endereço de uns amigos daqui no Plano Piloto. Da casa de amigos pra casa de parentes fiquei algum tempo vivendo de bicos até que passei num concurso pro Banco do Brasil. Enquanto o banco não me chamava passei uns tempos na casa de uma irmã que hoje mora em Brasília, mas na época morando na bela cidade de Ribeirão Preto, São Paulo. Tentei ser nomeado pra Brasília, procurei gente importante, conterrâneos ex-diretores do banco, mas nada, terminei indo trabalhar em São Paulo, capital.
Só fui voltar a Brasília dez anos depois, casado, uma mulher e dois filhos pequenos. Fiquei um ano na Asa Sul e nove menos um que passei em Teresina, na simpática cidade satélite de Sobradinho, talvez os melhores anos de minha vida familiar, nasceram mais dois filhos, a vida doméstica mais ou menos tranqüila, até que um dia voltei a morar no Plano Piloto, mais precisamente na Asa Norte. Ali passei os dez piores anos de minha vida em Brasília. Nesse tempo vivi os mais atribulados anos de minha vida toda, principalmente depois que saí do Banco do Brasil num PDV meio desastroso.
Em 2002/3 me separei e saí de casa, de junto da família. Se a saída do banco significou a queda num mundo real que a redoma de um emprego chato mas seguro protegia, sair de casa significou pra mim um mergulho num poço que parecia não ter fim. Tudo o que construí e acumulei em 50 anos de vida, perdi em dez anos: emprego, casa, família, carro, mulher. Seria trágico se eu não fosse mais forte do que imaginava, mas ainda hoje estou procurando às duras penas o rumo de casa. E achando que acho antes de morrer, nem que seja depois de morrer... Achar o rumo de casa pra mim, significa me encontrar ou reencontrar a pessoa ingênua, inocente, pura e besta que eu sempre fui apesar de tudo o que aprendi e li e vivi esses anos todo, o garoto Pinuca que ainda pulsa dentro de mim... Procuro essa criatura nos becos e vielas e beiras de rios e baixas e açudes desta cidade que pra mim ainda é aquela calçada do centro em que eu pulava andando descalço, não pisando nas riscas que a marcavam e ainda hoje estão lá, meio apagadas mas como as memórias que eu tenho delas, muito vivas dentro de minha alma...
Ver Brasília hoje na televisão significa pra mim relembrar tudo o que vivi ali em 26 anos, pouco mais que a metade da idade dela e pouco menos da metade da minha, sob a mira de um assaltante ou de um policial, padecendo dores de amores e decepções, amargando tristezas e solidões atrozes, privações e humilhações de todo tipo... Meus filhos lá ainda vivem mas não sei se têm boas ou más lembranças de mim. Hoje são adultos mas lembro bem deles, quatro crianças com quem eu saia na noite tranqüila da então pacata cidade satélite de Sobradinho, pra deixar a mãe aliviada da lida diária com eles, andando por parquinhos e quadras a procura de espaço maior que os parcos metros quadrados de um apartamento de dois quartos. Olhava pra eles e pensava na enorme responsabilidade de ter que cuidar deles, do futuro deles. Não sei se me sai bem desse encargo, mas tentei fazer o que podia...
Hoje, Brasília é a lembrança desses anos lá vividos e dessas crianças hoje adultas que lá vivem em companhia da mãe, mas, confesso. é um lugar pra onde eu não quero mais voltar... Se isso diz alguma coisa do meu sentimento por aquela cidade, está dito...
Depois que escrevo o texto acima procuro fotos para ilustrar uma postagem em meu blog; não acho. Vou ao site de um amigo e me deparo com a notícia da morte de um dos poucos amigos que lá deixei, o músico e poeta Paulo Tovar, em setembro do ano passado. No blog de um outro conhecido, encontro uma foto do Paulo Tovar em ótima forma, quando ainda não padecia dum câncer que o levou desta vida pra outra. Paulinho, onde vc. estiver lembre-se de seu amigo Zan e sua obsessão pela sua música que eu não lembro direito o nome mas que falava algo como “noite alta, madrugada...” Vou garimpar a letra dessa música por aí e um dia posto-a aqui no blog. Paulo Tovar foi casado com uma piauiense de Teresina, e com ela teve filhos, conhecia Teresina e talvez Campo Maior.
sábado, 17 de abril de 2010
BITOROFEST VIROU BITOROCARAFESTA...
NO CLIMA DA METADE DOS ANOS 60...
quinta-feira, 15 de abril de 2010
ORKUT, VOLTEI PRA REVER OS AMIGOS...
quarta-feira, 14 de abril de 2010
O GROTESCO NA POLÍTICA E NA COMUNICAÇÃO PIAUIENSE...
CAMPO MAIOR TERÁ CINEMA DE ARTE
"Quarenta entidades da sociedade civil foram classificadas para receber o kit multimídia do Cine Mais Cultura que serão distribuídos pelo Ministério da Cultura em parceria com a Fundação Cultural do Piauí. As propostas foram enviadas para a FUNDAC e passaram por uma análise técnica composta por um júri de sete profissionais da área cultural, sendo três representantes do Ministério da Cultura, dois da sociedade civil e dois técnicos do Governo do Estado. Objetivando dar continuidade a uma política descentralizada o júri priorizou contemplar os vários territórios do Piauí.
O kit é composto por um telão (4mx3m), aparelho de DVD player, projetor digital, mesa de som de quatro canais, quatro caixas de som, amplificador, dois microfones sem fio dentre outros equipamentos. As propostas que foram contempladas poderão escolher um conjunto de até 104 DVDs de obras brasileiras do catálogo da Programadora Brasil (filmes de ficção, documentário e animação em curta, média e longa metragens de todas as épocas, para todos os públicos). O acervo completo reúne cerca de 500 obras organizadas em 154 programas (DVDs).
Antes de receberem os kits, os contemplados irão passar por uma capacitação para operar os equipamentos. Após a entrega dos kits será aberto um novo edital para selecionar mais 60 propostas que também serão contempladas com kits multimídias. "
sábado, 10 de abril de 2010
DEPUTADO PAULO MARTINS DIZ QUE TODOS OS PREFEITOS SÃO LADRÕES...
sexta-feira, 9 de abril de 2010
O DESENCANTO COM A POLÍTICA
terça-feira, 6 de abril de 2010
CANTA, PAULINHO, CANTA...
Ainda Mais
Composição: Eduardo Gudin e Paulinho da Viola
Foi como tudo na vida que o tempo desfaz
Quando menos se quer
Uma desilusão assim
Faz a gente perder a fé
E ninguém é feliz, viu
Se o amor não lhe quer
Mas enfim, como posso fingir
E pensar em você como um caso qualquer
Se entre nós tudo terminou
Eu ainda não sei mulher
E por mim não irei renunciar
Antes de ver o que eu não vi em seu olhar
Antes que a derradeira chama que ficou
Não queira mais queimar
Vai, que toda verdade de um amor
O tempo traz
Quem sabe um dia você volta para mim
E amando ainda mais
Novos Rumos
Composição:Paulinho da Viola
Vou imprimir novos rumos
Ao barco agitado que foi minha vida
Fiz minhas velas ao mar
Disse adeus sem chorar
E estou de partida
Todos os anos vividos
São portos perdidos que eu deixo pra trás
Quero viver diferente
Que a sorte da gente
É a gente que faz
Quando a vida nos cansa
E se perde a esperança
O melhor é partir
Ir procurar outros mares
Onde outros olhares nos façam sorrir
Levo no meu coração
Esta triste lição que contigo aprendi
Tu me ensinaste em verdade
Que a felicidade está longe de ti
Nós, os Foliões
Sidney Miller
Nosso amor passou eu sei
No principio eu não quis acreditar
Chorei
Mas, depois eu tive que me conformar
Me conformei
A realidade foi maior
Aprendi nessa dor
A mágoa não compensa
E o orgulho é mais cruel
Que toda a indiferença
Pode acreditar, mulher
Nosso amor foi lindo
Como um carnaval qualquer
Que se acaba
E faz um novo dia a dia acontecer
Tão difícil assim como viver
Até um dia em que vem
Reacender alegrias e salões
Nós, os foliões
Nossas alegorias
Tão esperado e se foi
Tão colorido e lá vai
Perdendo a cor o carnaval do nosso amor
Recomeçar
Composição: Paulinho da Viola – Elton Medeiros
Recomeçar
Do que restou de uma paixão
Voltar de novo à mesma dor sem razão
Guardar no peito a mágoa sem reclamar
Acreditar no Sol da nova manhã
Dizer adeus e renunciar
Vestir a capa de cobrir solidão
Para poder chorar
Somente o tempo faz a gente lembrar
Do sofrimento que não quis perdoar
E todo o mal reprimido
Pode, afinal, nos deixar
A vida tem seu renascer de uma dor
Toda ferida um dia tem que fechar
E quem secou esse pranto
Pode novamente amar
Recomeçar...
Ruas Que Sonhei
Paulinho da Viola
O sol que bate na calçada nesta tarde
Não trouxe o dia que anseia meu olhar
E leva embora o consolo dos olhares
Das morenas
Bem no tempo de sorrir e namorar
Toda beleza que havia nesta rua
Há pouco tempo deu um vento e carregou
E muita gente se vestindo de alegria
Vai fingindo todo dia
Que a tristeza já passou
Amor, repare o tempo
Enquanto eu faço um samba triste pra cantar
Te mostro a vida pra mudar o teu sorriso
Te dou meu samba com vontade de chorar
Amor, felicidade
É o segredo que outro dia te contei
O sol que morre nos cabelos das morenas
Um dia nasce sobre as ruas que sonhei