segunda-feira, 22 de junho de 2009

O MILAGRE DO AUTO DE SANTO ANTONIO

A idéia baixou em minha cabeça em meados do ano passado, mas ou menos, um ano atrás. Comecei a escrever o texto. Em novembro, mais ou menos, fiquei sabendo de um edital da Fundac do Piauí, em que poderia mandar um projeto para a montagem de um espetáculo teatral. No último dia do prazo o meu projeto chegou ao destinatário. O resultado do edital era pra ter saído em 24 de dezembro do ano passado. Veio a sair em abril deste ano. Meu projeto não foi aprovado por razões que eu tento explicar numa entrevista que saiu no sitedozan, e que nós reproduziremos aqui oportunamente. Sabendo disso, a Prefeitura, através do secretário de Planejamento Marko Galeno, me propôs fazer uma montagem alternativa. Topei. Comecei a ensaiar em abril. Dificuldades mil. Principalmente quanto ao espaço para ensaiar. A prefeitura tem dificuldade de manter uma pessoa em condições de abrir e fechar o teatro para ser utilizado à noite durante a semana. A chuva impedia o elenco de chegar ao local. Um dia desisti da empreitada. O pessoal do elenco me procurou e ao Galeno e disse-nos que não aceitavam que eu desistisse de fazer a peça. Voltei atrás. Em dois meses acho que não conseguimos ensaiar trinta vezes. Na última semana de ensaio o elenco só compareceu em sua totalidade no ensaio que aconteceu no dia em que estava previsto para acontecer a estréia, adiada porque o cenógrafo não tinha aprontado o cenário, ensaio que foi decisivo pro elenco se tocar da responsabilidade de fazer o espetáculo, principalmente porque foi feito no local da apresentação. Houve momentos de tensão entre mim e o elenco. Perdi o controle e fui grosseiro com os garotos em pelo menos uma ou duas vezes. Em teatro isso acontece. Gritos, xingamentos, baixaria. Dia seguinte todo mundo se conscientiza que tem que mudar em alguma coisa. Muda e se convence que tem que ter mais profissionalismo, afinal todo mundo está trabalhando sob a promessa de ser remunerado pelo serviço prestado. Depois das apresentações, a etapa final:receber o pagamento. Prometido pela Prefeitura para esta semana. O que o pessoal que assistiu à peça disse do espetáculo? De um modo geral, todo mundo gostou. Eu achei que poderia ser melhor, mas não foi mau, não me envergonhei de ter feito. Se fizer novamente, vou fazer melhor. (ZAN)

3 comentários:

  1. Parabéns olavo, exemplo de campomaiorense, lá fora. Fica a minha sugestão para vc mandar um livro seu para a Biblioteca Pública Dona Marion Saraiva, da sua cidade. Veja mais informações sobre ela no Wipédia (Campo maior).

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  2. Recentemente um amigo me pediu pra saber com o Olavo o preço do seu livro e como poderia adquirir um exemplar. O livro tem três volumes e custa R$180,00 reais. O e-mail dele é olavopsf@ig.com.br

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  3. O Auto de Santo Antonio foi bom. É preciso que seam levadas em conta todas as dificuldades que surgiram durante a realização do projeto. Em primeiro lugar, a incerteza de que o auto seria exibido, com problemas de patrocínio. Depois, a seleção dos atores, todos amadores, ainda sem experiência na arte de representar em palco. O curto espaço de tempo para os ensaios. Tudo isso atrapalhou um pouco. Mas o projeto concretizou-se. E teve platéia, embora se reconhaça a certa indiferença do povo campomaiorense para a arte teatral. Mas esta parte também melhorará. É só divulgar, estimular.

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