terça-feira, 8 de dezembro de 2009


A vida me ensinou algumas coisas que hoje me ajudam a encarar um cotidiano meio insípido e sem grandes emoções, de uma forma muito simples. Já tive mais bens materiais do que tenho hoje, já fui (ou tive a sensação de que era...) menos só do que sou hoje, já passei por Natais aparentemente mais felizes (ou menos infelizes) do que o que se aproxima. Se alguém me convidar para uma ceia, vou, se alguém me der um presente, recebo, se meus filhos me ligarem digo que estou bem porque eles ligaram, etc., mas se não acontecer nada disso, isso não fará muita diferença, porque não alimento grandes ilusões com a vida e isso pra mim é o melhor presente que me dou, não só no Natal... Aprendi com algum sofrimento que o sofrimento maior que passamos na vida, fica por conta das expectativas que criamos inocentemente acerca do mundo, da vida e das pessoas, e que quase sempre não se realizam... Não desejar pode até ser difícil, mas não ficar sonhando demais com o que nos possa acontecer no amanhã, no daqui a pouco, no ano que vem, podemos e isso pode nos fazer sofrer menos... Sem amarguras ou melancolias exteriores, claro! Pode ser difícil fingir pros outros que se é feliz, mas disfarçar alguma infelicidade pode nos deixar menos infelizes... Papo de perdedor, talvez, mas isso é assunto pra outra crônica, cujo título já adianto: JESUS CRISTO FOI UM PERDEDOR OU UM VENCEDOR?

Um comentário:

  1. Senhores de nossas escolhas mergulhamos no mundo e logo despertamos em nós o desejo das conquistas. Esquecemos o foco principal, vencer primeiro a nós, depois o mundo. Nessa caminhada buscamos o ter em detrimento do ser. Nesse periodo esta proposta se torna mais evidente,quase não falamos do aniversariante, sua figura é substituida pelo simpático velhinho de vermelho que distibui presentes. O dar e o receber se tornam regra, as pessoas esquecem da proposta de Francisco, o homem de Assis, que nos convidou a exercitar o "É dando que se recebe", é preciso refletir diante destas duas propostas, entre elas existe uma grande diferença.Passadas as festas e saciados os desejos do Mamom que existe em nós,caimos na dura realidade,descobrimos que os presentes, as festas,tudo o que vivemos não apagou as dores da alma.
    É natal,e daí? Comemoramos a vinda de Jesus,ele nasceu em Belém da Judéia, foi gerado no ventre de Myryam,"a amada de Deus",este fato todos conhecem,ninguém ignora,mas fica a indagação,quando iremos permitir que ele possa nascer dentro de nós? Desejo a todos que neste Natal a Luz do mundo, o Cristo de Deus que habita em nós, possa nascer definitivamente em nossos corações.

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