quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

IMPUNIDADE CRIA TRIBUNAIS DE EXCEÇÃO NA MÍDIA...


O poder da mídia alimentado pela incapacidade das leis e da justiça fazerem sua parte cria um poder paralelo insuflando as pessoas a agirem por conta própria como agentes da lei e da justiça. Quando houver em função disso assassinatos, por exemplo, as pessoas vão se tocar como certos crimes no Brasil só são punidos pela mídia, que se arvora em poder capaz de julgar e condenar. Reputações duvidosas e flagrantes de supostos ilícitos são expostos como provas de crimes. O caso de Brasília é só o mais recente e atitudes moderadas como a do Presidente Lula, chamando as pessoas à razão, são vistas como atitudes complacentes e até cumplicidade. Lula e seu partido já foram vítimas da sanha justiçadora da midia. Moral da história: quem não é suspeito de algum ilícito nesse país onde acusações da mídia são vereditos condenatórios irrecorríveis? Quando é que esses condenados vão poder se defender das acusações da mídia? O que tem de hipocrisia por trás disso, como o marido da piada que, descobrindo que a mulher o trai no sofá da sala, resolve o problema tirando o sofá da sala... A sociedade vive tirando o sofá da sala, achando que expondo pessoas acusados de corrupção à execração pela mídia, pune de fato essas pessoas. Quando na justiça elas se safam porque têm dinheiro e poder, a sensação de impotência vira o caldo de cultura para a existência real do poder paralelo da mídia, fecha-se o circuito:não se pune ninguém mas tem-se a falsa ilusão de que se puniu... Malufs, Luis Estevão e Daniel Dantas estão aí como os exemplos mais à mão...

Um comentário:

  1. Arruda vai esperar a poeira baixar e depois inventar um jeito fácil de se sair dessa...Quem conhece a peça de perto sabe do que eu tou falando...

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