quarta-feira, 30 de junho de 2010

TÁ DIFÍCIL MAS QUEM SABE A JUSTIÇA ATRAVÉS DE UM MANDATO DE SEGURANÇA...?


Há dois dias venho tentando abrir uma conta corrente na agência do Banco do Brasil S/A local, levando comigo uma declaração de que trabalho num programa do Ministério do Trabalho, Secretaria Estadual do Trabalho, Projovem Urbano, um comprovante de que alugo o imóvel onde resido através de cópia de contrato de locação assinado entre mim e o locatário, além de recibo de alugueis pagos e contas de luz idem e não consigo. Saí de lá indagora com a idéia de procurar a Justiça para tentar através de um mandado de segurança, consegui abrir a bendita conta. Fui ao Fórum e me disseram lá que amanhã a partir de 8 da manhã poderei requerer esse mandado e conseguir por fim abrir a conta corrente para receber o salário pelos serviços prestados. Será que o pessoal que me atendeu na agência do BB sabe que eu trabalhei neste Banco durante vinte e cinco anos e saí de lá num PDV com uma carta me dizendo que eu fui um Funcionário Exemplar? Será? Será? Será que eu tenho que comprovar que tenho mais de 60 aos para ter atendimento preferencial nesta agência? Quando trabalhei neste banco nos anos 80 a agência tinha mais de 40 funcionários, hoje não tem mais que dez... Quantitativamente a agência encolheu por razões óbvias... E qualitativamente, como é que ficou? Os ex-colegas da cidade me dizem que a preocupação dos funcionários hoje é com metas que têm que ser cumpridas e evidentemente uma conta que se abre pra movimentar parcos mil reais por mês realmente talvez não motive tanto... Será? É duro ter cara de quem não vai movimentar mais do que parcos mil reais por mês, sem dúvida.... mas deixa pra lá...!!!
INCRÍVEL, FANTÁSTICO, EXTRAORDINÁRIO!!! Meu amigo ZéMiranda, como aqueles programas de terror que a gente ouvia no rádio nos distantes anos 50. Bastou um ofício, o de no. 60/2010, assinado pela dra. Sarah Vieira Miranda, Defensora Pública (deve ser sua parenta, meu caro primo), considerando a possibilidade que seriam tomadas medidas judiciais cabíveis, caso não conseguiesse abrir a conta corrente na agência de Campo Maior do Banco do Brasil, para que eu fosse atendido pela mesma funcionária que não me atendeu ontem, em mais ou menos meia hora... Pra mim, a Copa do Mundo já foi ganha, porque me senti como se não fosse o zero à esquerda como cidadão que não consegue abrir uma conta para receber meros mil reais de salário num banco onde trabalhou durante vinte e cinco anos... De parabéns a Justiça, que foi célere e pronta na defesa de um simples cidadão comum... Não parabenizo nem o gerente do banco, que assinou a segunda via do ofício da Defensora e nem a moça que me fez assinar umas vinte vezes minha assinatura para abrir a conta, porque na verdade tudo poderia ter sido feito a primeira vez que lá fui abrir a conta, onteontem, se não tivesse faltado ALGO às pessoas que me atenderam, ou SEJA, um pouco de boa vontade...

14 comentários:

  1. O projeto da FHC Trash Band era esvaziar (sanear) pra larapiar, rapinar e vender o que sobrasse do banco; como não deu certo (ou tempo?), o que restou do glorioso Banco do Brasil ficou assim. E olha que o Banco recuperou-se e desponta novamente como um dos três do país. Mas não deixa de ser serviço público. É duro, esta vida de artista!

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  2. Outro dia ao tentar pagar uma conta de luz em uma agência do Banco do Brasil,fui recomendado pela caixa a procurar um pag contas, pois ele não receberia. Nesta agência tive duas contas, fisica e juridica, depositava sempre ali meu dinheirinho; a mesma senhora que se recusou a me atender, muitas vezes me recebeu com um grande sorriso, quando os tempos eram outros. Fiquei olhando pra ela com tristeza e piedade, mas não pude deixar passar, me dirigi ao gerente de imediato que me falou de uma norma que não poderia ser descumprida,exigi dele ver a bendita norma, o mesmo com a cara mexendo e sem argumento, resolveu atender minha exigência.Alguns minutos depois, voltei ao mesmo caixa e com ordem do gerente, paguei minha conta, deixando a pobre senhora com uma cara muito zangada.Pinuca, va até ao forum,faça a denuncia, no minimo você passou por um grande constrangimento, isso é um abuso.

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  3. Tou saindo pra mais um round na tentativa de abrir a conta, meus amigos... daqui a pouco tem mais notícias desse front...

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  4. José Miranda Filho1 de julho de 2010 às 09:12

    Deixem-me ver se os meus olhos conseguem enxergar o que está escrito e o que vou escrever na tela do monitor. É porque não me deu vontade de permanecer calado.
    Primeiro: Quanta saudade dos tempos em que se recebia o salariozinho diretamente do dono, do chefe, do diretor, do tesoureiro da firma! Assinava-se um recibo e saía tranquilamente com o dinheiro no bolso pra fazer a "farra" no mercado, nas mercearias e quitandas.
    Hoje, nem se pode sair com grana no bolso porque é assaltado na primeira esquina. Hoje, tem-se que receber através de banco pra deixar lá um pouco do já pouco em descontos de taxas, tarifas e outras bandalheiras; tudo aconchavado entre instituição que emprega e instituição bancária.
    Segundo: Meu caro Netto, já se vão lá oito anos que o torturador dos trabalhadores brasileiros, especialmente, servidores públicos, bem como o privatizador do nosso patrimônio, em nome de uma nova política liberal. Mas também já são oito anos do governo atual, da categoria chamada trabalhadora, e se constata que num banco da União não se contam, como bem disse o Pinuca, dez funcionários. E numa agência bancária, o que é agravado por se tratar do mencionado banco e numa cidade como Campo Maior. Absurdo, o cúmulo do cúmulo, inaceitável! Num país com tantos jovens implorando emprego, uma oportunidade para mostrar seu talento e o sonho de vencer. Num país em que a propaganda governamental apregoa o acréscimo de milhões de novos empregos!!! "Me engana que eu gosto!"
    Por isso é que mudei, deixando de ser da direita, da meia-direita, da esquerda, da meia-esquerda e do centro. Adotei, em parte, a neutralidade "suíça" - nem para aquém nem para além da cortina de ferro.
    A indiferença de concreto armado não reconhece nem antigos empregados, com muitos anos de bons serviços. É a realidade do bicho considerado "racional", portanto, diferente dos outros bichos, porém mais bicho do que estes - o gênero humano -, criado à imagem e semelhança do Criador.

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  5. José Miranda Filho1 de julho de 2010 às 09:31

    Parece que ficou truncado, ambíguo, o palavreado de cima. É compreensível... Entendam mesmo.
    Eu quis dizer: "... em nome de uma política liberal, (des)governou o Brasil."
    Quis dizer: "... como bem disse o Pinuca, dez funcionários. O que é agravado por se tratar do mencionado banco..."
    Esqueci de acrescentar que depois da "farra", quando sobrava alguns tostões, eram guardados não em banco, mas embaixo do colchão, e, se o cidadão não possuía cama, no fundo da mala ou do baú.

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  6. José Miranda Filho1 de julho de 2010 às 09:34

    Parece que ficou truncado, ambíguo, o palavreado de cima. É compreensível... Entendam mesmo.
    Eu quis dizer: "... em nome de uma política liberal, (des)governou o Brasil."
    Quis dizer: "... como bem disse o Pinuca, dez funcionários. O que é agravado por se tratar do mencionado banco..."
    Esqueci de acrescentar que depois da "farra", quando sobrava alguns tostões, eram guardados não em banco, mas embaixo do colchão, e, se o cidadão não possuía cama, no fundo da mala ou do baú.

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  7. ...gente, corrijam aí: não é mandado, é mandato... mandado é quando vc. chama um moleque de recado e como se fazia antigamente, mandava dizer alguma coisa a alguém...

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  8. Zan, digamos na ficção ou no real, se vc apresenta ao Gte. do BB comprovante de rendimentos, escrituras patrimoniais, atividade profissional como empresário, declaração de IR, "documentos estes montados ou fraudulentos" eu apostaria que vc seria atendido na sala vip com direito a água e cafézinho e de quebra um convite para jantar lá na Hawai Grill, despesas por conta da casa.

    Boa sorte. Infelizmente somos reféns de um capitalismo selvagem, reféns destes órgãos do Governo e de chupas ovos.

    Como o ser humano gosta de fazer juízo das pessoas.

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  9. resumindo, amigo horácio, é isso aí, sem mais nem menos...

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  10. Zan, vc sofreu constrangimento e isso, acredito eu, vc pode entrar com uma ação contra o BB. O problema, é que ninguém faz nada pra mudar isso, se todo mundo que sofresse este tipo de coisa procurasse a Justiça, acho que o BB mudaria o modo de tratar o cidadão. Faça alguma coisa pra mudar isso.
    Boa sorte!

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  11. Na verdade, Lúcia, o que eu queria era só abrir a conta no BB e conseguindo isso, me dei por feliz... Morreu esses dias aqui um ex-funcionário, que foi meu contemporâneo e eu tenho uma leve impressão de que se a agência do BB em Campo Maior não tivesse se transformado num lugar extremamente meramente burocrático, onde as pessoas vão lá meramente sacar dinheiro ou pagar contas, as pessoas que um dia já trabalharam ali, teriam prazer em aparecer por lá... Eu devo ter trabalhado ali uns quatro ou cinco anos durante umas tres oportunidades e nas poucas vezes que ali vou reencontro pessoas como seu irmão Washington (já cruzei com ele por alí, sim... e que satisfação que foi relembrar fugazmente os momentos que vivenciamos ali nos anos 70, quando ele era um garotinho magrinho e compenetrado vestindo aquele uniformezinho azul...) Infelizmente as pessoas não valorizam mais esses coisas e chegar por ali procurando o ZéHérbert, o ARlindo, o Edmar Ibiapina e não ver nada que lembre esses seres humanos, isso é o que me entristece e não entro com ação contra o mau atendimento que é dado a qualquer correntista de qualquer banco no Brasil de hoje, porque o que não se ressarce com esse tipo de coisa é a tristeza de ver como as pessoas que hoje trabalham ali não sabem nem quem foi Zan, Correinha, Didico, Manelão, Sipaúba, Assis Carvalho, João Vaz que a gente chamava jocosamente "Vasco Leitão da Cunha"... A AABB parece hoje uma casa mal-assombrada, não se vê vivalma nem em fim de semana... tou a um ano aqui e não sei o nome de nenhum funcionário da agência... vou lá e vejo o nome no crachá e não saio lembrando o nome da pessoa porque não vejo o ser humano por trás do nome...uma lástima, realmente...

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  12. José Miranda Filho3 de julho de 2010 às 19:48

    Neste momento, pelo televisor aqui ao lado, assisto ao programa mensal (primeiro sábado de cada mês), na Rede Vida, do maestro-organista Ed Costa, apresentando hoje cenas musicais de um filme sobre o grande trombonista Glenn Miller e sua inesquecível orquestra, tendo como protagonista (no papel do músico) o outro grande James Stewart.
    Pois bem, indo ao que mais interessa, foi muito bom o final da questão: Banco do Brasil. Apesar de nâo estar ligando o nome à pessoa, essa Miranda deve ser mesmo minha parenta, pela sua demonstração de senso de justiça e destemor, peculiaridades dos verdadeiros Miranda.
    Quero acrescentar à lista dos ex-bancários do BB de Campo Maior: Hélio Melo, Zé Raimundo Miranda, Antonio Evandro Araújo, Zé Joaquim (Branco) Lopes, Aurino Silva, Jesus Higino Carvalho, Luciano Miranda, Mussa Demes, Neville Paz. E a memória...

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  13. José Miranda Filho3 de julho de 2010 às 20:09

    Incrível, Fantástico, Extraordinário! Da Rádio Nacional ou Tupy; consegue lembrar, ZAN? Noites de segunda-feira? Em casa todos iam dormir, mas eu permanecia acordado, só para ouvir o programa. Aquele episódio se tornou inesquecível, e sei que faz parte também da tua memória. Tarde da noite, um homem a cavalo, picada na mata. Um ser estranho aproxima-se à sua frente, dedo apontando-o, a voz fantasmagórica, de coisa do outro mundo, e um aviso lacônico e sinistro: "Você vai morrer amanhã!" Na verdade, no dia seguinte, o pobre homem partiu.
    A modernidade tirou de nós aqueles momentos preciosos. Era de ouro do rádio.

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  14. ZéMiranda, é brincadeira esse povo que lê a gente por aqui ficar imaginando dois malucos ouvindo programas de terror nas rádio Nacional ou Tupy (acho que era a Tupy), em plenos anos 50... e ainda se lembrar disso... tem que rir, meu irmão...

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